A população reivindica a saída das famílias do bairro Piquiá, que sofre contaminação do polo siderúrgico

Os manifestantes também protestaram contra a decisão do Tribunal de Justiça, que recentemente suspendeu provisoriamente a desapropriação de um terreno longe da atividade da siderurgia, escolhido para habitar as famílias, alegando ter na área 50 cabeças de gado.
'A mineradora Vale é que abastece este polo siderúrgico, que vem levando à morte centenas de pessoas nos últimos tempos com problemas pulmonares', denunciou Willian Pereira de Melo, que mora há 30 anos no local.
Histórico – A história do Piquiá de Baixo, localizado as margens da BR 222, surgido em 1970, começou a mudar com o Grande Projeto dos Carajás, implantado na década de 1980, na construção de um grande pólo siderúrgico instalado de um lado e a Estrada de Ferro de Carajás do outro. Desde então cerca de 350 famílias lutam por uma moradia digna.
Pesquisas realizadas em 55% dos domicílios do Piquiá, pelo Centro de Referências em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal do Maranhão, e pelo Núcleo de Estudos em Medicina Tropical da Pré-Amazônia, revelam que 41,1% da população queixam-se de doenças nos pulmões e na pele.
Sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito foram constatados em pessoas de todas as faixas etárias residentes na área, inclusive em menores de 9 anos de idade.
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