segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Entrevista com o vereador JR do PT de Itapecuru

O vereador JR concedeu entrevista ao JI dizendo não ser diferente dos demais colegas de parlamento, mais dos 10 vereadores ele é o único da oposição. Falou de seu partido o PT concorre em 2012 como cabeça de chapa. Fez duras críticas à administração do atual prefeito Junior Marreca, em que os setores de educação e saúde foram os mais atacados. O JI ouviu os envolvidos entre os quais o Ministério Público e outras partes. No intuito de apurar a notícia citada pelo vereador e por se tratar de informações de interesse público, o JI pautou matéria com a Secretaria de Saúde do município de Itapecuru, com a de Educação, e com o MP, sendo que não foi possível ouvir a titular da pasta da Saúde.
JI - Qual a avaliação que o senhor faz do PT em Itapecuru?
Vereador JR - Acho que é de crescimento, o partido cresce com novos filiados tem um vereador e os nossos companheiros estão amadurecendo nas discussões.
JI - Vereador o PT vai ter candidatura própria para prefeito de Itapecuru, em 2012?
Vereador JR - Sim, vai ter fomos procurados por dois pré-candidatos, o professor Magno Amorim e o Rogério Bahiano, tivemos uma discussão bem democrática, e ficamos com Rogério Bahiano. O importante para o PT
É aquele que se enquadre no perfil do Partido.
JI - Quais os partidos que estão organizados hoje em Itapecuru?
Vereador JR - Não tenho bem certeza, acho que são uns vinte.
JI - Vereador JR como ficou a votação do número de vereadores a partir de 2013, na Câmara de Itapecuru?
Vereador JR - Eu votei para 15, ouve uma abstenção, a do vereador Carlinho, e os demais votaram em 13, dia 01 de outubro vai ser votado o 2º turno.
JI - O senhor acha que sairão mais de três candidatos a prefeito, em 2012, em Itapecuru?
Vereador JR - Olha, pelo que se observa vão sair cinco. O PT, tenho certeza, é o Rogério Bahiano.
JI - E o demais nomes como o senhor avalia?
Vereador JR - Eu não quero me reportar, entendo que cada caso é um caso.
JI - Qual a avaliação que o senhor faz do prefeito Junior Marreca?
Vereador JR - Administração hoje não é boa. É criticada. Depois que ele foi para a FAMEM piorou a situação.
JI - Quais os pontos mais críticos no seu ponto de vista:
Vereador JR - A Saúde e a educação não vão bem. Estagnação dos postos de saúde, exemplo, o PSF foi cortado os repasse, por falta de cumprimento de carga horária dos médicos. E a educação, os prédios que tem estão em péssimo estado de manutenção e há falta de escolas. Para você ver no povoado mangal, os alunos estudam debaixo de um pé de manga e a as nossas ruas nem se fala!
Jornal de Itapecuru apura a denúncia
O JI procurou ouvir todos os envolvidos até o ministério publico. Fomos atendidos pelo Promotor de Justiça, doutor Luis Eduardo Souza e Silva que está na cidade há seis meses e disse ter conhecimento do bloqueio do dinheiro da saúde. Disse também que já conversou com a secretária de saúde sobre o assunto e por que os médicos não cumprem carga horária nos plantões. Segundo o promotor, ela disse não ter como pagar salário maior, pois um médico recebe R$ 12.340,00 (doze mil trezentos e quarenta reais) para trabalhar 4 dias e quando eles faltam um dia não aceitam que descontem no seu salário. Os médicos vão embora e nos não temos como ser substituídos.
Cumprindo com o papel do MP, o promotor declarou que sempre que necessário ele chama o prefeito para assinar o termo de conduta e pedir que ele resolva a situação. Para ele, o prefeito tem se mostrado sensível, uma vez que se a promotoria entrar com ação na justiça até ser julgado o prefeito já terminou o seu mandato. Nesse sentido, o promotor de Justiça da Comarca de Itapecuru informou que prefere chamá-lo para resolver logo o problema. Asseverou o promotor que se agora não resolver assim temos que fazer valer a justiça.
A respeito das 'escolas de aula campal', o Promotor de Justiça disse não ter mais conhecimento, mas que como ficou sabendo por meio da reportagem, vai fazer a devida apuração.
No que se refere a uma festa feita por um dos ex-prefeitos de Itapecuru, a reportagem fez alusão e aproveitou para que houvesse esclarecimentos a respeito da informação de que o promotor pedira para o ex-prefeito parar com o barulho de uma festa de seu aniversário.
O promotor Luis Eduardo Souza e Silva classificou de oportuna a reportagem para que não desse margens a deturpações, desinformações ou ruídos.
Relatou que um dia antes conversara com um funcionário da casa que tem no carro com um som de alta potência. Disse a ele que não usasse a potência toda daquele som senão ele estava correndo o risco de ser multado. O funcionário retrucou dizendo que o promotor precisava ver o aniversario do ex-prefeito daqui. Aí sim tem barulho. Não informando quando aconteceria o aniversário. No dia seguinte em que tivera essa conversa com funcionário, o promotor acordou com o barulho dos foguetes, bandas fanfarras e carro de som. Foi quando ele telefonei para a polícia e pediu que fossem ver o que estava acontecendo e esperou para que barulho terminasse e, após umas horas, nada. Voltou a ligar para a polícia solicitando que viessem para a porta do MP. Foram ver (Promotor e Polícia) o que acontecia. Causou-lhes surpresa ao saberes que se tratava de pessoas esclarecidas. Depois, informa o promotor, focou sabendo que tinha até vereador que votara uma Lei municipal contra a poluição sonora e também está previsto Constituição Federal que diz o decreto lei nº 9.605, artigo 54.
A saber: decreto lei 3.688141 e artigo 42 proíbe a poluição sonora e o não-sossego publico. Isso sem falar na lei do Código do Município. Mas segundo a autoridade do MP, foi fácil resolver, pois quando chegou ao local, disse doutor: “em primeiro lugar quero lhe desejar feliz aniversário e pedi que o senhor acabe com esse barulho, pois está incomodando o sossego público”. E continua o promotor: “no que o aniversariante respondeu que também tinha sido acordado pelo povo mais pararia com o barulho. E foi só isso”, concluiu.
JI na comunidade
E fomos ver a escola do povoado Mangal, lá constatamos o que disse o vereador JR. Antes mesmo de chegar ao local pensamos estar longe, quando encontramos um senhor carregando um botijão d’água numa bicicleta e, então, perguntamos a ele se estava perto do povoado Mangal e da casa do presidente da Associação de Moradores. O senhor respondeu: Aqui já é Mangal e a presidente mora em frente onde têm uns meninos estudando debaixo de um pé de manga. Isso mesmo, pé de manga e não é notícia fantástica. Daí a reportagem não teve mais dúvida, pois constata-se a verdade do que dissera o vereador JR. Conversamos com a presidente daquela comunidade e também professora aposentada a senhora Raimunda Bispo dos Santos Almeida (Conhecida por Dica). Bem comunicativa, dona Dica falou das dificuldades que eles enfrentam para conquistar algo, dizendo que ela era presidente da associação quilombola comunitária do povoado Mangal do Ipiranga, com 56 associados morando e trabalhando em terras de herança. Acrescentou que só foi feito pelo prefeito Junior Marreca um poço ainda no primeiro mandato, quando estava em campanha para se reeleger. E continua o relato: ele (o prefeito) chegou aqui se reuniu com a comunidade e disse não iria esperar o outro mandato, ia logo fazer e fez, só que até hoje, nunca funcionou! Segundo ela e outros moradores, a água é boa, mas botaram a caixa de 15mil litros com ramal e torneira nas casas, inventaram que iram fazer análise da água e nada foi feito. “Nós estamos carregando água no balde, de um poço cacimbão que tinha aqui há muitos anos. O programa luz para todos este veio e estar funcionando” repudiou.
A escola de aula campal - O nome da escola até que é sugestivo, pelo nome do povoado, mas contrasta com a educação, pois as aulas acontecem mesmo é a céu aberto, no desalento, embaixo de uma mangueira - Quanto à escola dona Dica disse que é do jeito que o senhor está vendo. A merenda! “Vou levar para você”, falou a merendeira Firmina, conhecida como dona Miruca, no que mostrou o fogão coberto com uma toalha. Antes, porém, o repórter, perguntou aos alunos da escola campal o que eles iriam merendar naquele dia? Os alunos disseram que naquele dia não tinha merenda, talvez fosse comer manga quando cair do pé, pois a professora já guardava uma em cima da mesa.
E relata dona Miruca que recebeu para a merenda: 2kg de Feijão; 4kg de arroz; 8 Pacotes de Macarrão;5 Pacotes de Biscoitos Creme Crak;7 Latas de carne Bovina; 01 Pacote de Corante; 3 Pacotes de Mistura para Mingau; 01 Lata de Óleo; 01kg de Sal; 03 Risoto de Carne; 100g de alho;300g de Cebola.
E o cardápio? O cardápio fica assim: 2ª feira: bebida lacta com biscoito
3ª feira arroz com feijão; 4ª feira: macarrão com carne de lata; 5ª feira: risoto de carne; 6ª feira: mingau de tapioca.
Para exercer esta função dona Dica recebe apenas R$ 170,00 por mês e este ano só recebeu duas vezes.
Poder público - A Secretária Municipal de Educação do Município de Itaepecuru, professora Elisângela Marinho, quando perguntada sobre a situação da escola Campal, declarou que sim e que se trata de um problema que está perto de ser resolvido. Informou que nessa escola funcionando em dois turnos, no matutino e na Educação de Jovens e Adultos, que funciona no noturno. Que já foi aberta a licitação para a construção de 24 escolas na zona rural de Itapecuru, uma das quais será construída no povoado Mangal, ainda este ano. Acressecentou a secretária, que a escola estava funcionando numa capela, mas como está demorando a licitação para a construção do prédio da escola, a comunidade resolveu não aceitar que às aulas continuassem na capela, como uma forma de forçar à construção da escola daquela comunidade. “Fomos lá e até nos prontificamos de ajudar na construção de um barracão para a escola funcionar enquanto fosse construído o prédio”. Segundo ainda a secretária essa proposta não foi aceita pela comunidade que só sairiam daquele local “campal” quando a escola estivesse construída.
A Secretária Municipal de Educação disse que se trata de um compromisso do prefeito Júnior Marreca que antes de terminar o seu mandato, construir todas

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